domingo, 7 de setembro de 2008

Há Perfeição


Não costumo nesse blog abrir muito espaço para minha vida íntima, afinal, não foi pra isso que ele foi feito, mas sim divulgar aquilo que penso, acredito e sigo, porém diante de uma viagem inesperada que fiz ao litoral cearense, é desumano não dedicar algumas palavras a essa experiência...

A areia branca e fina lembrou meus sonhos de menina, escorregavam das minhas mãos de forma delicada.Meus músculos já exaustos de subir seus morros, pulsavam de forma contínua e insistiam em descobrir os mistérios do paraíso visitado. As águas transparentes refletiam meu rosto incrédulo em algo assim existente e que haveria gente no mundo que partiria sem testemunhar algo semelhante.Cada onda que se dissipava recordou meus desejos fracassados.Mergulhei nos vilarejos com suas casinhas coloridas tomadas pelos nativos tão acolhedores que nos observavam de forma curiosa , nos enchiam de atenção, coisa rara a qual não estamos habituados na cidade. Percebi um lugar ainda não tocado pelas garras gananciosas do homem que certamente distribuiria seu lixo sem piedade se por ali passasse.A mata fechada guardava segredos infinitos e quem seria eu para desbravá-los.O mar me engoliu,deixei-me tomar pelos seus encantos.Minhas companheiras riam de graça,tal plenitude era o bastante para tantas gargalhadas.O caminho foi longo já não acreditava lá chegar,depois entendi que tal perfeição só poderia estar a léguas da dita “ civilização”.Peguei meus chinelos e pus-me a caminhar.À noite mal havia iluminação, bastavam as estrelas do céu que desempenhavam sua função com maestria.As ruelas falavam , cochichavam sua histórias ,enquanto nós permanecíamos vislumbradas ,e ao mesmo tempo triste ao pensar no retorno.Uma natureza marcante para corpo e alma.Cobri-me de felicidade.

5 comentários:

Loreta Dialla disse...

tomara que a felicidade seja tantas quantas em guará, vamos nos cobrir.

ah, e viva a independência.

bjo.

Loreta Dialla disse...

conhece sim, aliás, conhecemos 2.
rsrsrs.

Danilo Castro disse...

Quase ímpossível sermos imparciais quando escrevemos, não é? Acho que em qualquer texto, por mais que tentemos, colocamos algo de nós. Talvez por termos medo da realidade tentamos transformar tudo em ficção, mas é tentativa inútil, nossas palavras têm sombras, estão interligadas ao nosso DNA, e há textos nossos que parecem ser despretenciosos, mas os mais atentos conseguem caçar os significados da estruturação "mosaical" da ludibriante língua portuguesa.

Muito poético, quase teletransportei-me À Jeri.

Danilo Castro disse...

DESPRETENSIOSO,ok?
Erro ortográfico meu.

Talita Fernades disse...

queridissima desculpa a ausência de meu humilde comentario em relação a esse grandioso texto...
Ja tinha lido em outrora mas a minha preguiça de logar acaba vencendo,entretanto não poderia deixar de comentar o quanto que você escreve bem.
Beijo enorrrme.

Jogando palavras,as solto e elas voam