sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Não tô entendendo é nada!

De recesso do mundo.
Estática, inércia.Intima apenas do meu,poucos sentidos.Línguas emboladas sem conteúdo.As pessoas tagarelam demais,e nada fazem. Ouvi conversas vãs de uns falsos lordes se aproximando.Com seus suaves beijos ,seduzem facilmente.Onde estão os referenciais? Poucos heróis, muitos morreram desconsolados.Os mestres são demitidos por seus discursos libertários.Calem-se!Os negociantes gritam.As piadas contadas aos prantos de um desespero de quem auto se cega como refúgio da confusão.O riso entalado não sai.Um cansaço toma conta dum corpo magro e negro que apenas insiste na mera tentiva de uma tal felicidade comentada.Um longo intervalo se faz necessário.Pausa para uma reflexão sobre sérias decisões a beira dos 20 anos.Trovões vieram,a calmaria também, todas as estações,enfim, o tempo passou,nos engole.Olhando o branco misturado ao azul lá de cima, é possível ver sinais de mudança,de um supremo escondido por entre as nuvens olhando curioso cada passo e tombo dado.Testemunho dos ônibus as ruas tomadas por luzes, luzes artificiais que relembram vagamente o clarão que deveríamos reacender a cada dia.São verdadeiros espigões enfeitados transparecendo um espírito natalino de um vizinho que não fala com o outro.Talvez devaneios loucos,talvez palavras de uma sexta a noite não regada a uma gelada, num bar de parede ao som boêmio(e que bom som).Um ritual, uma celebração.Meu cachorro vira –lata sempre me recebe na calçada alegre e saltitante, também quisera eu ter suas preocupações.

4 comentários:

Loreta Dialla disse...

Há muitas coisas que não se pode entender, como já dizia Miss Lispector. Apenas serem vívidas!

Danilo Castro disse...

Em nós reina uma ampolheta (é assim que se escreve?)
Nós somos apenas servos dessa grande Senhora Feudal, uns a conhecem como Tempo, outros a chamam de Acaso, eu chamo de Destino.

Mas quem faz nosso destino somos nós? Ou apenas cumprimos o que já é pré-estabelecido?

São tantas dúvidas que não há tempo pra pensar... Quem pensa demais, não vive. Por isso que o cão é a perfeição: PORQUE ELE É O MISTÉRIO VIVO E NÃO SE INDAGA!

(Estou apenas parafraseando uma certa escritora que anda me envenenando)

Beijo!

Marcelo Melo disse...

Acho que sei quase todas as entre-linhas...huahuahuahua....
Lindo mistério da vidaaaaa..heeheehe

eDu Almeida disse...

Vou dar meu pitaco tb! Lindo texto, sou seu fã c sabe disso.
Ah e realmente, só complementando seu texto, vou falar do q tô sentindo nessa época de falsa alegria ou alegria forjada. Me sinto triste, triste por saber que tá todo mundo colorido demais por fora e podre d+ por dentro.
Vc minha linda é multicolorida sempre e isso faz de vc - no mínimo - diferente da louca maioria.
Bjo do seu fã, eDu.

Jogando palavras,as solto e elas voam